Páginas

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Filosofando

Parece que todos os heróis de Dostoievski se questionam sobre o sentido da vida. Não tenho a ousadia de querer me  igualar a um deles, mas tenho a pretensão de querer ser mais um humano desse planeta a tentar entender o porquê de tudo.

Considerando apenas a biologia do homo sapiens talvez seja fácil de entender a vida. Nascer, crescer, reproduzir (perpetuando a espécie), envelhecer e finalmente  morrer por exaustão das células. Esse é  o ciclo normal dos viventes se nada intervir, tal como um terremoto, furacão, doença ou bala perdida,  que cause a morte prematura da pessoa. 

Mas não é isso que me cutuca, que me angustia, que me tira o sono e me faz dialogar com as sombras. Quero uma explicação que vá além da biologia, da ciência, da anatomia, do DNA. Quero entender a explosão de sentimentos contraditórios dentro do coração, das lágrimas que brotam da tristeza profunda sem razão e com razão de ser. Quero entender a dor da saudade - e o que a causa, o desejo da morte, o desejo do nada e o porquê disso tudo.  Porque a vida não é somente segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e domingo.

Para existir a vida não é necessário ter o corpo intacto e o coração pulsando. Às vezes tudo isso está presente e falta algo, uma luz, uma claridade que movimenta o ser e o faz interagir com os outros seres. É sobre essa luz, essa centelha que quero explicação. É isso que me interessa. E não sei o que é.



"Sou realista no sentido mais alto da palavra, sou realista da alma humana."
 Fiodor Dostoievski

(Selma)

5 comentários:

  1. Bom, Selma, já faz cinquenta e dois anos que conheço a minha vida como um conjunto de segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e domingo, que não consigo imaginar de outra forma.

    Aprendi a gostar de loiras de olhos azuis, mas eu me dei mal com a primeira que consegui roubar um beijo. Também aprendi a gostar de morena, mas a primeira morena que consegui roubar um beijo, ela me deu um chute bem no meio do traseiro, depois de seis meses. A mãe do Diego me perguntou o que eu fiz para merecer aquilo, eu expliquei que eu não fiz nada. A mãe do Diego concluiu "agora eu entendo porque ela abandonou você!"

    Mas o chute no traseiro não doeu tanto. Nessa época, a princesa já era o núcleo de toda a minha existência. Eu jamais sonhei em roubar o abraço dela, pois ela e o Edson já haviam começado um projeto de vida, quando eles tinham apenas 15 anos, no Paraná. De acordo com a princesa, eu já fui motivo de muita briga entre eles, e quando ela me contou isso, sempre tive o cuidado de visitá-la, somente quando o Edson estivesse junto, e o Edson aprendeu na marra que sou apenas um admirador incondicional da princesa, nem ele, nem ela e nem ninguém pode tirar isso de mim. É o que professor Milton Bins chamava de "direito adquirido".

    Eu e a princesa nunca nos demos bem no trabalho, não sei sobre ela, mas eu já cheguei a chorar muito, quando estávamos brigados, lá no serviço, mas era tudo por coisas bestas, sem valor algum. Havia algo muito além do sorriso e do brilho nos olhos dela, encontrei nela a primeira dica do sentido da vida: é gostar da vida, mesmo sabendo que eu não sou um príncipe.

    E mesmo não sendo um príncipe, muitos anos mais a frente eu consegui comprar um iPhone 3G, acho que foi em 2007. Claro que não faz sentido nenhum focar toda uma vida num celular medíocre, mas que é gostoso esfregar na cara dos outros que você tem um iPhone, ah isso é!

    ResponderExcluir
  2. PARTIDO DO HOSAKA CHUTANDO O BALDE :

    REVISTA VEJA -
    O poderoso chefão

    O ex-ministro José Dirceu mantém um “gabinete” num hotel de Brasília, onde despacha com graúdos da República e conspira contra o governo da presidente Dilma. José Dirceu mostra que ainda manda em Brasília.

    Resumo publicado na coluna de Reinaldo Azevedo, da própria Veja:

    “Anotem alguns nomes cargos e dia do encontro:

    - Fernando Pimentel, Ministro da Indústria e Comércio (8/6);

    - José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras (6/6);

    - Walter Pinheiro, senador (PT-BA) – (7/6);

    - Lindberg Farias, senador (PT-RJ) – (7/6);

    - Delcídio Amaral, senador (PT-MS) – (7/6);

    - Eduardo Braga, senador (PMDB-AM) – (8/6);

    - Devanir Ribeiro, deputado (PT-SP) – (7/6);

    - Candido Vaccarezza, líder do governo na Câmara (PT-SP) – (8/6);

    - Eduardo Gomes, deputado (PSDB-TO) – (8/6);

    - Eduardo Siqueira Campos, ex-senador (PSDB-TO) – (8/6)

    Esses são alguns dos convivas de Dirceu, recebidos, atenção!, em apenas 3 dias — entre 6 e 8 de junho deste ano. Leiam a reportagem porque há eventos importantes nesse período. É o auge da crise que colheu Antonio Palocci. Ele caiu, é verdade, por seus próprios méritos — não conseguiu explicar de modo convincente o seu meteórico enriquecimento. Mas, agora, dá para saber que também havia a mão que balançava o berço. Uma parte da bancada de senadores do PT tentou redigir uma espécie de manifesto em defesa do ministro, mas encontrou uma forte resistência de um trio: Delcídio Amaral, Walter Pinheiro e Lindbergh Farias – os três que foram ao encontro de Dirceu no tarde no dia 7. À noite, Palocci pediu demissão.

    Dirceu, então, mobilizou a turma para tentar emplacar o nome de Cândido Vaccarezza para a Casa Civil. O próprio deputado foi ao hotel no dia 8, às 11h07. Naquela manhã, às 8h58, Fernando Pimentel já havia comparecido para o beija-mão. A mobilização, no entanto, se revelou inútil. Dilma já havia decidido nomear Gleisi Hoffmann.

    VEJA conversou com todos esses ilustres. Afinal de contas, qual era a sua agenda com Dirceu? Gabrielli, o presidente da Petrobras, naquele seu estilo “sou bruto mesmo, e daí?”, respondeu: “Sou amigo dele há muito tempo e não tenho de comentar isso”. Não teria não fosse a Petrobras uma empresa mista, gerida como estatal, e não exercesse ele um cargo que é, de fato, político. Não teria não fosse Zé Dirceu consultor de empresas de petróleo e gás. Dilma não tem a menor simpatia por ele, e Palocci já o havia colocado na marca do pênalti. Mais um pouco de interiores?”

    ResponderExcluir
  3. Uma das minhas motivações por vinte e seis anos,foi um moço igual ao Davi do Michelângelo.
    Deixei de "amá-lo",em 2.004-
    Essa mudança pareceu um "terremoto",e me "recupero" ainda.
    A vida nunca foi o que eu pensei.
    Ainda que -exteriormente,eu seja uma "hippie fora de época".
    Sempre estive em alteridade.

    Um livro de capa azul comprado num sebo- em outubro último, renovou "meus sentidos da vida".
    Foi sobre literatura... contei tudo,há dois meses.
    Depois da leitura do mesmo, comecei a publicar meus versos.
    Sou agradecida ao gd do terra,pelo amparo do grupo a mim,nesse interregno que epilogo,entre "eu" e "eu mesma".
    Capaz que o sr.Hosaka acha que eu o imitei em minha história romântica,para ter ibope,mas ela está registrada em cores emotivas,no outro "arquivo".(onde publiquei a poesia amorosa que escrevi,em 1.980.Aquela que não postei no gd do terra,por vergonha)
    Não sei se o sr.Hosaka é um sr.Nihil,ou se eu é que sou "srta Ícone".(h ! h ´!)
    O que sei é que há essa coincidência entre nós.
    Um bom apelido para eu,seria Carolina,aquela que esperou pelo amor da sua vida,por cinquenta anos.
    Ainda gosto do Príncipe,mas o "instinto de vida" me levou " a virar a mesa" e a começar a "tecer meus mitos".
    º
    º
    Sugerirei à Selma a leitura de Autobiografia de um Iogue,de sri Yogananda.
    Já recomendei esse livro ao Adilson,umas vezes.
    No mesmo,o autor expõe a filosofia hinduísta,e especula sobre o que fabrica a vida e a vontade.
    É um livro lindo,e muito inspirado.
    Se não nos diz tudo o que queremos saber,ao menos,chega perto.

    Boa noite a vocês.
    (ou "bom dia")
    Que encontremos "os elos entre alma e matéria,e que encontremos aos sentidos da vida".

    ºººººººººººº

    ResponderExcluir
  4. É possível deixar de amar alguém realmente?

    Muito boa a sua frase: "Que encontremos os elos entre a alma e a matéria, e que encontremos aos sentidos da vida". É justamente essa a explicação que preciso e é justamente aí que ela se encontra: no elo que une alma e matéria. O que contém esse elo?

    Abs.

    ResponderExcluir
  5. Não seja como o HosakaAndréMala : ateu é outra coisa - não tem nem comparação. O Hosaka crê em Deus porque tem um medo danado de morrer. Mas, quem não tem um medo danado de morrer não precisa de papais e mamães do céu, ou coisa que o valha ! hehehe

    ResponderExcluir