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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Estorno de pagamento

Foi nessa segunda que conheci uma moça chamada Michele, ela estava escrevendo uma mensagem no celular e, ao mesmo tempo, reclamando que estava na fila há mais de duas horas. Eu perguntei qual o número da senha, e ela disse que era 203 (o meu era 209, e não havia nem dois minutos que havia entrado na fila).

Ela me informou que ela não deveria estar lá, pois ela nem tinha conta no banco. Em menos de um minuto, ela conseguiu fazer um nó na minha cabeça. Para piorar o nó, ela contou uma estranha história dela com a Serasa, onde a Serasa aponta vários cheques devolvidos.

"Você acredita nisso? Como uma pessoa que não tem conta pode ter cheques devolvidos?"

Eu disse que isso é muito difícil, a menos que em algum momento da vida dela, alguém tenha roubado os seus documentos. Ela disse que houve um momento sim, mas tinha deixado na mão do irmão. Ela sabe que o irmão tem a mesma caligrafia, "mas você acha que o meu irmão seria capaz de emitir cheque sem fundo e ainda em meu nome?"

Tentei, então, desatar o primeiro nó. "Já que você não tem conta nesse banco, o que você faz aqui?"

"Eu vim pagar a fatura do cartão de crédito que outro banco não quis receber"

"Você pode mostrar para mim? ... Beltrana de tal, é você?"

"Não, essa fatura é da minha madrinha".

Olhando a fatura, vi um débito de uma loja de roupas para bebê. Perguntei para a moça se a madrinha era mãe que ganhou um bebê recém chegado.

"Não, ela tem 51 anos. Ela tem três filhas. Duas delas tiveram bebês recentemente, daqui a pouco vai vir mais um nenê".

A história da Michele era bem confusa, mas ruim mesmo é quando encontrei uma linha na fatura que dizia assim "Estorno de pagamento 20,00". De todas as histórias incríveis que já vi, essa foi a mais inédita. Fiquei pensando como é possível uma operadora de cartão estornar o pagamento se é impossível pagar a fatura com cheque.

Depois de quase meia hora, a Michele foi atendida, mas o caixa recusou o pagamento. Morri de curiosidade, e o caixa me explicou que a fatura estava programada para ser pago no débito automático e não na boca do caixa.

Eu não uso débito automático, ainda que o pessoal do banco insista em usar esse serviço. Já tive problemas com a Eletropaulo e a Saned, e consegui resolver sem pagar a conta, após a releitura, eu pagava a conta na boca do caixa. O débito automático não oferece essa facilidade. No caso da madrinha da Michele, eu desconfio que ela não tinha saldo suficiente para pagar a parcela mínima da fatura, mesmo assim o débito automático deve ter "pago" a parcela mínima em maio de 2011, e como ela continuava sem saldo, o débito automático decidiu estornar o pagamento na fatura de agosto de 2011.

Essa, sem dúvida, foi uma das segunda-feiras mais estranhas que já vivi.

Frank K Hosaka
fhosaka@uol.com.br (11)8199-7091 Diadema-SP

2 comentários:

  1. Olá, sr.Hosaka.

    Ontem eu também não consegui fazer o que eu precisava,no fórum do "distrito".

    Vc está certo em ficar sempre de "olhos abertos",pois nunca sabemos quando encontraremos "o sociopata", e alguns que pertencem a esse grupo,costumam ser comunicativos.
    Antes de termos muita curiosidade sobre eles,é necessário tomarmos cuidado "conosco".

    Eu acho que faço parte de alguma boa lista sua.
    Posso não ser a "certa para o sr.",mas,me sinto sua amiga.
    E oxalá isso permaneça assim.
    Algum dia, "conversaremos mais".

    Atualmente,continuo envolvida com uma pesquisa literária,e com algumas urgências que apareceram nesse ano.

    Bom Ubuntu ao senhor,e até breve.

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  2. Em tempo,

    sei que ultimamente,voltei a usar o apelido "srta Nihil".
    O "Maleta" usado agora, foi em nome do bom humor.
    Acho que por hoje,é o que serei aqui no blog.
    Uma "mala" ou uma "maleta".

    (hohó!)

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