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sexta-feira, 6 de maio de 2011

O tempo que não volta mais

Eu acredito que a saudade é um sistema de cobrança - a todo momento lembro da princesa, das oportunidades que eu perdi para roubar um abraço dela, hoje a situação é outra, estou a muitos kilometros e há muito tempo longe dela, e essa consciência faz de mim uma pessoa distante e sempre revoltada.

Agora pouco, estava navegando no extrato bancário do Bradesco, um dos mais sofisticados que eu já vi, e lá havia cinco mensagens para mim, para comprar isso e aquilo, mas uma me deixou abalado: tenho uma conta para pagar no próximo dia 15.

Não há como fugir da saudade, naquele tempo a princesa nunca me cobrou um abraço, e hoje todo mundo cobra tudo de mim, minha mãe quer mais dinheiro para fazer mercado, o meu chefe me cobra mais cortesia com os clientes e o Anônimo me cobra uma colherzinha, mas ninguém me pede um abraço, talvez seja por isso que sempre lembro da princesa, ela também não pedia nada, a não ser que enrolasse menos no serviço.

iFrank

5 comentários:

  1. Poxa, Hosaka! Ficaria feliz com um abraço de um bom amigo como você!
    Também sinto saudades de tempos que não voltam. Sinto falta de amizades sinceras, de amores não correspondidos.
    Ultimamente não tenho sido boa companhia pra ninguém. Quase todos os dias sinto uma dorzinha ou outra que me tira a vontade de conversar com quem quer que seja e me faz ficar em silêncio. Mas sei que tudo irá passar... Talvez seja por isso que eu tenho sentido tanta saudade de tempos passados.
    Um grande abraço, um bom final de semana para você.

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  2. Olá, AndréHosaka. Muito bom mesmo, trilegal, mas continua ardendo muito esse teu rabu católicuzudo ? Faça como o teu papa : leve de 40 em 40 minutos uma enrabadinha do Helmut , o guarda alemón, auf wiersehen , hehehe !

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  3. Sr.Hosaka, não liga para o ingênuo "polianônimo".

    Eu,muitas vezes,senti saudades dos tempos que não voltam nunca mais.
    Refugiei-me em belas lembranças.
    E esqueci de formar outras "belas lembranças".
    Ando na correria agora,para atender as necessidades que se acumularam para eu.
    Ainda bem que estou com certa energia e saúde.

    Vou dizer algo para eu,para o sr.,e para todo mundo.

    O verdadeiro amor que procuramos, sempre existe,mas está na Grande Vida.
    Ou na Impermanência.
    Ela nos ama como ninguém.
    Cedo cedo, nos tira de tudo o que não merecemos viver a vida inteira.
    E nos concede o prêmio,seja pelo que for.

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  4. O que é ser um conservador?
    Eu não sei, mas sei que não sou conservador porque a Igreja não é conservadora.
    Por eu ser cristão-nacionalista e contra os totalitarismos de esquerda e direita me confundem com um conservador.
    Me lembro que a Srta Gwen disse que tinha dificuldades de relacionamento com pessoas conservadoras.
    Eu não sou conservador porque a Igreja não é conservadora.
    Uma vez perguntaram para o Santo Padre João Paulo II se a Igreja era conservadora.
    Ele respondeu que o conservador olha para trás e a Igreja olha para a frente, hehehe.

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  5. Há coisas que eu concordo e que eu não concordo no conservadorismo.

    O conservadorismo (ou conservantismo) é um termo usado para descrever posições político-filosóficas, alinhadas com o tradicionalismo e a transformação gradual, que em geral se contrapõem a mudanças abruptas (cuja expressão máxima é o conceito de revolução) de determinado marco econômico e político-institucional ou no sistema de crenças, usos e costumes de uma sociedade.

    É uma corrente de pensamento político surgida na Inglaterra, no final do século XVIII, pelo político whig Edmund Burke, como uma reação à Revolução Francesa, cujas utopias resultaram imediatamente em instabilidade política e crise social na França. O pensamento conservador expandiu-se pelo mundo principalmente após o período do Terror jacobino, que, durante o auge da Revolução, causou a morte de 35 mil a 40 mil pessoas[1].

    Para os conservadores, as melhores instituições sociais e politicas não são aquelas que são inventadas pela razão humana, mas sim as que resultam de um lento processo de crescimento e evolução ao longo do tempo (como o não-escrita constituição inglesa face às Constituições promulgadas pelos revolucionários franceses).

    Não acreditando na "bondade natural do Homem"[2], os conservadores consideram que são os constrangimentos introduzidos pelos hábitos e tradições que permitem o funcionamento das sociedades[3][4], pelo que qualquer regime duradouro e estável só poderá funcionar se assente nas tradições.

    Assim, para os conservadores não faz sentidos elaborar projectos universais de sociedade ideal - não só tal sociedade será inatingível (devido ao que acreditem ser a imperfeição intrínseca da natureza humana), como, devido a diferentes povos terem diferentes histórias e tradições, o modelo social mais adequado a um povo não será o mais apropriado a outro[5] - criticando os revolucionários franceses, Joseph de Maistre escreveu "A Constituição de 1795 (...) foi feita para o homem. Ora, não existe homem no mundo. Tenho visto na minha vida franceses, italianos, russos, etc., mas quanto ao homem declaro nunca o ter encontrado no minha vida" [6][7].

    Os conservadores consideram que o individualismo e as promessas de liberdade irrestrita conduzem ao estatismo e ao Totalitarismo: para eles, a dissolução da sociedade realmente existente e das suas instituições tradicionais intermédias gera um vazio que abre caminho ao crescimento da máquina estatal; assim, os conservadores fazem a apologia desses corpos intermédios (família, Igreja, comunidade local, etc.), em oposição tanto ao individualismo como ao estatismo e ao colectivismo[4].

    Há conservadores que se aproximam do tradicionalismo, por exemplo quando se opõem à representação política individualista, baseada no princípio “um homem, um voto”, baseando-se no reconhecimento exclusivo do Estado e do Indivíduo[4], e ignorando os corpos intermédios. Em alternativa ao sufrágio igualitário, directo e universal, os tradicionalistas têm lutado por sistemas de representação de grupos (e não dos indivíduos), defendo representações não ideológicas, como a representação municipal ou sindical, o mesmo número de deputados por região (independentemente da população), etc. Hoje em dia, porém, os conservadores tendem sobretudo a defender o que está, como a defesa dos lordes hereditários pelos conservadores britânicos, ou do Colégio Eleitoral (em que o presidente é, formalmente, eleito pelos estados e não pelos indivíduos) pelos conservadores norte-americanos.

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