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quarta-feira, 2 de março de 2011

Turbilhão 601

Boa tarde, dra Selma.

Mais tarde, ou amanhã- eu tentarei dizer algo sobre o luto.(seu artigo de hoje)

Sempre tive bloqueios pessoais para falar em eventos que fazem sofrer- e há histórias que normalmente, eu preciso "digerir" por meses, para depois conseguir dizer algo a respeito.

Vou comentar sobre a reportagem da Burrice,que eu já li umas três vezes na revista Planeta.

O autor mostrou preconceito contra os elementos sem muita saúde mental.
Mas ninguém pode ser culpado de um Q.I apenas normal.
O Q.I é pouco suscetível a mudanças.
Parte do que ele chama de burrice, é principalmente nossa impossiblidade de pensarmos em várias coisas simultaneamente -enquanto nos ocupamos de uma tarefa.
Se isso fôsse possível acontecer,nossa vida não seria viável.
E em geral,quem é menos inteligente reconhece sim, seu limite, convive mal com isso, adoece por causa do fato, e adoece de tanta ansiedade -  por medo de cometer erros.
A autoconsciência dos pouco espertos e dos pouco competentes, sempre é dolorosa, tanto que muitos desenvolvem transtorno obsessivo compulsivo.

A epidemia de depressão que varre o mundo atual, vêm de uma sensação crescente de inadequação das pessoas.

O fato de alguém fazer algo que não poderia fazer- que não sabe fazer, etc e tal, não quer dizer que essa pessoa realmente se acredita tão capaz assim. Isso significa somente que existe  falsidade no procedimento comum dos cidadãos, que podem se atribuir capacidades exageradas, para a garantia de um emprego.
E uma vez que se ganha um salário,é necessário trabalhar, não importa o quanto a ocupação seja dificil.

Ninguém se lamuria na frente dos outros - se autodifamando,pois isso passa um atestado de fraqueza de caráter.
Mas a verdade,é que muitos dos que fazem coisas que estão além das suas capacidades, entendem que estão fazendo isso,mas não podem evitar a rotina.

Discordo da "posição" do autor do artigo, mas ele foi um relato didático que eu usei num texto aqui nesse blog onde eu contei que os estrangeiros, tem preconceito contra elementos de inteligência mediana- e que mais do que nós brasileiros, são intolerantes contra pessoas limitadas,mesmo que eles saibam que esse limite é fonte de sofrimento para os portadores desse limite.

Ele serviu de "base" para eu discorrer longamente sobre os "caminhos para se aumentar o quociente de inteligência de uma população"- e sobre a necessidade de bons hábitos alimentares e de exercicios fisicos na infância e na adolescência,bem como na necessidade de muitas horas na escola, quando se tem menos de vinte e dois anos.
Esse artigo foi lido mesmo, por gente lá do JD.

Em resumo, se eu encontrasse o autor desse texto pela frente, eu não mais molharia ele com um jato d'água- como eu pensei que faria.(sou mesmo brava)
Eu agradeceria a ele, formalmente, pelas idéias- mas continuaria de cara feia.
E diria para ele que "anta", é a senhora dele.
Talvez, ele me ouviria dizer "santa" e ainda agradeceria de volta.(kkk...)

Enfim, vamos conversando o que podemos sobre a formação  , a necessidade e a manutenção da inteligência.


Mala Nihil

Um comentário:

  1. Complementarei dizendo que eu suponho que o preconceito das gentes de outras partes do mundo contra limites na inteligência é mais forte do que a reserva latino americana contra isso, talvez em função do grande papel que a tencnologia teve no desenvolvimento dessas nações.
    Ou talvez, essa ojeriza, colaborou antes, para elevar o Q.I de suas populações,mediante cuidados com a saúde, e estudos sistemáticos, e isso por sua vez, facilitou-lhes o envolvimento com a tecnologia.

    Do que eu sei é o seguinte:

    vamos ter que elevar um pouco nossa inteligência latino americana,pois o mundo vai se tornando cada vez mais tecnológico.

    É mais prático pensar isso, do que elaborar algumas teorias a respeito da necessidade da tolerância "com os fracos" que teria que haver em nosso mundo,pois certamente, não vamos querer posteriormente, o lugar dos que recebem a piedade dos que "podem mais".

    O crescente antagonismo a certo tipo de limite, que existe nessa terra, pode ser um sinal de que há certas coisas que as gerações poderão superar.

    Isso aí.

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