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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Filme: Tropa de Elite

Hoje, o Vladimir alugou os filmes Tropa de Elite (1 e 2), uma impressionante crônica sobre a violência carioca, envolvendo traficantes, políticos e a polícia, que explica que somos governados por terroristas e que nos condenam a viver na miséria dos R$ 540,00 ou R$ 545,00, e tiram da nossa carteira R$ 2,70 para ir e mais R$ 2,70 para voltar com ônibus que lembram as latas de sardinha.

A nossa alegria se resume nas novelas, nas crônicas que podemos publicar na Internet e nos espetinhos que nos garantem uma gostosa diarreia que nos prendem aos nossos vasos por quinze minutos ou meia hora. Há uma guerra na rua: de um lado temos hospitais mal equipados e médicos ausentes, do outro lado temos assistência médica particular extorsiva, que não lhe atende de modo algum se você atrasar um mês. Existe máfia também nas escolas, tanto pública como particular, onde os nossos filhos aprendem a puxar um baseado ou falar um baita palavrão, são muito raros os que ensinam judô, e os que ensinam só fazem de nossos filhos apenas saco de pancadas.

Quanto à segurança, não há nenhum outro país no mundo tão bem equipado como os bandidos da esquerda, da direita e também do centro. Você é obrigado a pagar os impostos, senão lhe cortam água, luz e internet. Do outro lado, você tem que pagar o pedágio do silêncio, fingir que não vê o seu vizinho vendendo crack no meio da calçada às três da tarde, senão você corre o risco de levar uma bala na cabeça, não necessariamente dos traficantes, mas sim daqueles que você paga o imposto, que os bandidos da direita, da esquerda e do centro teimam em não corrigir a tabela.

Enfim, é um país diferente esse que o filme mostra. Em qualquer parte do mundo, qualquer ser humano sonha em ter carro, para mostrar que venceu na vida, para trabalhar e passear. Nesse filme, o carro é um pesadelo. Se o bandido não rouba o carro, certamente a companhia de seguro não esquecerá de você. Graças a Deus, o filme é apenas ficção científica, não tem absolutamente nada a ver com a vida que levamos nos dias atuais.

@frankhosaka

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