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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

turbilhão 566- mala nihil

Boa tarde.

Eu ainda postarei alguns textos, falando sobre como erros gramaticais e de sintaxe podem provocar  mal entendidos- com consequências. Erros orais e escritos.
Não serão crônicas de nível de graduação como são as do professor Andros, quando ele escreve sobre a linguagem- mas irão mostrar algumas encrencas e "atos falhos" que cometemos, ao falarmos e escrevermos.

Anos atrás, vivi um evento por um longo período que será titulado como "dia do cachorro louco".
Nessa "fase" eu me apeguei muito a certas idéias pessoais, e a certos comportamentos rígidos. Virei um Teacher no feminino, em meu ambiente,e ainda sou vista nesse ambiente, como uma criatura "mais severa".

Qando comecei a superar minha chatice desse período e voltei a me comunicar melhor com alguns, eu percebi que minha linguagem me fazia ininteligivel perante essas pessoas. Eu tive que treinar muito minha fala, para me fazer compreensível.
Mas se o problema tivesse sido só esse, eu teria pouco a reclamar.
O grande chiste, é que tudo o que eu falava, sempre era interpretado de uma forma que contrariava meus melhores e mais conservadores princípios.
Ou seja, se eu falava "beba água", eu falava de um jeito que as pessoas escutavam:  "fiquem com sede". E isso afetava minha conversa justamente sobre aqueles princípios morais aos quais me apeguei de uma forma apaixonada, tempos antes.
Sei lá com quantas "abobrinhas" para a mente dos meus interlocutores,eu posso ter colaborado à minha revelia, sem poder controlar a consequência.
E isso se dava sempre nas questões nas quais eu era -e continuo sendo conservadora.

Com o tempo,deixei de ficar tão ansiosa por isso,e decidi que as pessoas nos interpretam de acordo com uma cultura básica que elas tem, e que portanto,não podemos nos responsabilizar sempre pelos erros que elas cometem, em função de um entendimento ruim.
Tendo me acalmado, percebi que comecei a falar e a escrever melhor, e que também comecei a ser melhor entendida. Os "atos falhos" que me feriam em meus melhores valores,foram deixando de ocorrer.

Mas, isso não ocorreu hoje, no meu penúltimo Turbilhão.(o 565)

Quando eu escrevi que Angulimala, em parte, deveu sua psicopatia à fome que ele passou- desejando com isso dizer que passar por privações sérias reduz nosso juízo - uma vez que o corpo vive um tanto em função da satisfação dos seus instintos, eu acertei.
Mas, falei- sem querer, uma coisa dantesca, em seguida.
Que a "bela silhueta" na qual ele ficou, porque passava fome, "não atenuou todos os erros que ele cometeu em função da fome que passou".

O que eu sugeri,foi grotesco. Eu disse que o fato dele ter ficado "bonito" deu um desconto ao fato dele ter sido um homicida, mas não foi isso que eu tive em mente, eu errei na gramática.
Foi um "ato falho" produzido pelo inconsciente(no caso, o meu) influenciado por uma cultura social que privilegia a beleza física e a competência acima da ética, e acima da "fibra moral" para se viver em sociedade.

O que eu realmente teria dito, se tivesse revisado o texto, é que para o Angulimala de nada resolveu ficar "magro" e conseguir provar que era um superomem por não comer direito- se isso o fez descumprir seriamente seus deveres sociais.

Inclusive, muitos anos atrás, eu tive um pesadelo, (e contei lá no Terra) em que me vi como um homem que passava fome, morava numa copada de árvore, e que tendo sido "salvo" por um santo de passagem, indo para um convento- ali passou  comer uma porção de arroz diariamente.
Em pouco tempo, ele não tinha mais raiva de ninguém, e mesmo estranhava sua violência contra o mundo,no passado.

Eu falei no Angulimala justamente para dizer que deve haver um limite no que se faz em nome de uma aparência física,pois a beleza, cabe apenas no caixão, quando morrermos.
Mas, vivermos com ética, e conseguirmos trabalhar direito, se mantermos nossa saúde- é de um valor infinitamente maior para todo mundo, e isso é o que realmente nos fará felizes.
Que engano foi aquele cometido ...eu hem...
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No mais, estou "dando esse blog de presente" aos leitores e escritores,por ora.
Há pouco, eu procurava uma das minhas revistas de botânica, com o artigo sobre a orquidea Vanilla, usada na extração da baunilha- não achei.
Então, esse tema só "irá ao ar" num dos três sites, na semana que vêm.

Por favor, escrevam muitas mensagens em destaque aqui, porque agora vou mesmo "dar um tempo".

Agradeço à audiência que tive por esses dias, e ao retorno do sr.Orozimbo, e do sr.Católico.

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