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quarta-feira, 28 de março de 2012

Suicídio é mais provável entre evangélicos que entre católicos

Estudo levanta hipóteses sociológicas e teológicas



Um novo estudo mostra como a religião pode influenciar as taxas de suicídio. Embora os dados tenham mostrado que os evangélicos sejam mais propensos a cometer suicídio que os católicos, a motivação ainda é pouco compreendida. Um novo estudo realizado pelos professores Sascha Becker (Universidade de Warwick, Reino Unido) e Ludger Woessmann (Universidade de Munique, Alemanha) demonstra a relação de causalidade entre o protestantismo e o suicídio.

Becker e Woessmann buscaram descobrir se a maior taxa de suicídio entre os evangélicos foi devido a uma auto-seleção. Poderia haver alguns fatores que influenciam se uma pessoa escolhe ser evangélico ou católico que ao mesmo tempo influenciam a probabilidade de eles cometerem suicídio.
Os números mostram que os evangélicos têm taxas de suicídio maiores do que os católicos “mas, se isso é devido a uma perspectiva religiosa é uma outra história”, explicou Becker em entrevista recente. “As pessoas podem dizer que se tornaram evangélicas para não cometer suicídio, é claro, mas podem ter feito esta escolha por diversos outros motivos que estejam de alguma forma correlacionada com um comportamento suicida”.

Em outras palavras, Becker e Woessman queriam entender se a relação entre a conversão e as altas taxas de suicídio era causal, e agora eles podem afirmar isso.
Para saber se a religião tem uma influência independente, os pesquisadores analisaram dados da antiga Prússia em 1800, para evitar quaisquer efeitos de auto-seleção.
A república da Prússia foi dividida em regiões católicas e evangélicas na época, e as autoridades governamentais mantinham bons registros sobre as causas da morte, explicou Becker. Como a grande maioria dos prussianos aderiu à religião predominante em sua região, comparar as taxas de suicídio nessas diferentes regiões evitaria os efeitos de auto-seleção.

Alguém de outro país, por exemplo, pode optar entre uma ampla gama de religiões e denominações. As pessoas escolhem livremente mudar de religião sempre que desejar. Assim, os pesquisadores não podem saber se alguém hoje que escolhe ser evangélico tem características que se relacionam com as altas taxas de suicídio, ou se a visão evangélica de mundo influencia nas altas taxas de suicídio. Em 1800, porém, a religião dominante era mantida pela grande maioria dos prussianos ao longo de toda a vida.
Becker e Woessman observaram que as taxas de suicídio nas regiões predominantemente evangélica são três vezes maior que nas regiões católicas. O estudo conclui que a religião de fato influencia nas taxas de suicídio. Agora, os estudiosos oferecem três hipóteses para explicar isso.

As altas taxas de suicídio entre os evangélicos em comparação com os católicos foram notadas pela primeira vez por Émile Durkheim, um dos pais da sociologia, em seu texto clássico “O Suicídio”, de 1897. Durkheim acreditava que as diferenças estavam relacionadas  com o fato de que os evangélicos são mais individualistas, ou colocam uma ênfase maior na autonomia individual. Os católicos, por sua vez, são mais comunitários, ou colocam uma ênfase maior sobre as comunidades eclesiais.

“A forma como chegamos a trabalhar sobre esta questão, é que lemos sobre a tese de Durkheim, que ressaltou como os evangélicos frequentemente têm uma religião mais  individualista que os católicos, que por sua vez dependem mais da congregação como um grupo de apoio nos momentos de dificuldade. O fato é que os evangélicos são mais individualistas que os católicos”.
Além dessa hipótese, Becker e Woessman também sugerem que as diferentes taxas de suicídio podem ser devido às diferentes formas como católicos e evangélicos veem a doutrina da graça.

Os católicos enfatizam mais as recompensas de suas boas obras ou a punição por causa de seus pecados. Os evangélicos, por outro lado, enfatizam que a graça de Deus não pode ser conquistada pelas boas ações. Como resultado, os ensinamentos católicos sobre o suicídio são mais rigorosos e se tornam mais internalizados pelos fiéis.

Uma terceira hipótese tem a ver com a confissão católica, ou o ato de confessar regularmente seus pecados a um padre. Os evangélicos não reconhecem este sacramento. Já que o suicídio é o único pecado que nunca poderia ser confessado para se pedir o perdão de um sacerdote, os  católicos acreditam que a absolvição é um elemento importante para fugir do inferno, podem ser menos inclinados a cometer suicídio.

Testar essas três hipóteses é o tema de pesquisas futuras, mas Becker assinala que é “extremamente difícil” encontrar maneiras de medir cada uma dessas variáveis, a não ser pela comparação de estatísticas.
A pesquisa de Becker e Woessman, que leva o título de “Batendo na Porta do Céu? Protestantismo e Suicídio” deverá ser publicado brevemente por uma revista acadêmica.

Traduzido e adaptado de Christian Post



Resta saber qual a taxa de suicídio entre os Espíritas.

5 comentários:

  1. Entre os budistas,vários monges se detonaram na guerra do Vietnam, e alguns japoneses- não praticantes da religião na qual foram educados- se suicidaram.
    A mais famosa desses personagens,nem existiu de verdade.
    Era Mdme Butterfly,da ópera do Puccini.

    Pode ser que o excesso de autoexpectativa dos que seguem algumas doutrinas,os submeta a mais tensões.
    Em religiões dominantes,o drama é menor,pois ninguém leva muito a sério uma crença que lhe foi imposta,mas leva a sério,uma crença escolhida depois.
    Em parte,isso não se aplica ao budismo.
    Sua influência é a mesma, como religião "escolhida",ou se não é levada muito em consideração.

    Fica aqui, então,meu palpite.(hehe!)

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  2. Respostas
    1. Homem que foi na Lua?
      Somente um completo débil mental acredita nisso.
      Voar é para os pássaros.
      A Nasa não existe.
      Neil Armstrong é um cantor de jazz preto.

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  3. Confiteor : Acredito em visitas alienígenas, em O.V.N.I, DVD e CD Voador ,O.S.N.I., crop circles, ida do homeme à Lua ...enfim, tudo o que é vestígio até aqui. Eu acredito que a Terra deve sim, ser constantemente visitada por seres de outros mundos , e acredito nisso baseado nos milhares de relatos de avistamentos que conheci, e, também, claro, baseio esta minha crença no tamanho inimaginável do universo e na pegada do sacizão pernetão filmada na Lua pelo Kubrick. Tenho dito !

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  4. Eu acho que essa matéria não faz o menor sentido. Eu sei que o catolicismo tem mais de 2.000 anos, mas nunca ouvi falar de suicídio, só porque o fiel não gostou do Papa que Deus escolheu para conduzir a igreja.

    Eu não financiaria esse tipo de trabalho. Eu usaria a verba para a turma de estatística, ver se é possível contar os mortos. Na minha contagem, eu só conheci dez mortos, que foram enterrados. Num deles, o atestado de óbito do Waldir dizia que ele morreu de "insuficiência pulmonar", mas não dizia se ele era ateu, católico, espírita ou evangélico, ou se foi um caso de suicídio.

    Como é que a gente sabe do que o camarada morreu?

    Para piorar a situação, a doutrina espírita reza que a morte não existe, é apenas o começo de uma nova fase. Então, prá que gastar dinheiro para estudar o suicídio dos católicos, evangélicos ou de outra religião qualquer?

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