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domingo, 25 de setembro de 2011

Neuritos mais velozes que a luz mataram os dinossauros do 233

Graças à mediunidade da Selma, o Adilson conseguiu psicografar na tela principal do Blog uma resposta ao seu arqui-rival Marciano Alado a respeito da velocidade com que o espírito desencarna do corpo. De acordo com o Marciano Alado, as etapas do desencarne lembram a equação do movimento relíneo uniforne, primeiro o camarada bate as botas, e só depois de duas horas  é que o espírito escapa da inércia do corpo, baseado no princípio de que a luz é a mesma para as duas entidades que ocupam unidades espaço-tempo bem definidos.

Já o Adilson discorda da existência do espírito. Baseado na premissa de que a luz tem velocidade diferente do ponto de vista de quem observa e de quem é observado, o que acontece com o cadáver é o processo acelerado de pulverização, todo material orgânico que estava preso numa gigantesca unidade espaço-tempo é dissolvido em moléculas, e de lá viram pequenas partículas que o Adilson chama cientificamente de pó. Ou seja, pelo ponto de vista do Marciano Alado, você só pode enterrar o camarada após uma semana de decomposição; pelo ponto de vista do Adilson (que é mais prático no mundo moderno), quanto mais rápido você enterrar o defunto, mais unidade espaço-tempo vai sobrar para você.

Esses discursos acadêmicos enriquecem o Blog da Selma, é com o Marciano Alado e o Adilson que podemos tirar bons exemplos de como se relacionar no blogue do Google, e a partir daí multiplicar a qualidade da comunicação em toda a Web. Ou seja, não importa quanto uma teoria é impraticável para explicar a pulverização dos dinossauros, ou qual o custo-benefício de pegar os cadávares e jogar direto no caminhão do lixo, a verdade é que a velha lição católica sempre prevalece, segundo a qual muitas teorias em pouco ajudam a publicar uma mensagem no Blog da Selma, se o camarada ainda não sabe distinguir o que é CAPS LOCK e o que é CAPS OFF, na hora de digitar a conta e a senha do blogue. Enfim, é preciso praticar muito para um padre aprender a vestir a batina.

Frank K Hosaka
fhosaka@uol.com.br

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