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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Por que choramos?

Você lembra qual foi a primeira vez que você chorou?
Ah, isso é fácil! Foi no dia que você nasceu...



Se apenas os sons do choro já são chamativos, qual é a utilidade de derramar lágrimas? Não se sabe ao certo, mas chorar parece proporcionar alívio imediato: muita gente diz que se sente melhor após verter lágrimas. Talvez elas ajudem a eliminar substâncias produzidas durante o estresse. Ao menos em outros animais as lágrimas têm essa função de "descontaminação". As de bichos que vivem em água salgada -- como focas e crocodilos --, por exemplo, ajudam a eliminar o excesso de sal do corpo. Daí vem a expressão "chorar lágrimas de crocodilo", isto é, choramingar sem um pingo de emoção verdadeira. Alguns artistas são craques nisso. Algumas crianças também!

Choro libertador

Salvo algumas espécies muito raras de elefantes indianos ou de gorilas africanos, o homem é o único animal capaz de chorar quando as emoções o dominam, sejam estas a tristeza, o medo ou até a alegria. William Frey, bioquímico no Ramsay Dry Eye and Tear Research Center, nos Estados Unidos, tentou descobrir por que choramos e deparou-se com ainda mais perguntas do que as que tinha inicialmente.
Uma coisa é certa: 85 por cento das mulheres, que este investigador inquiriu, revelou que se sentia muito mais tranquila depois de chorar e 75 por cento dos homens é da mesma opinião. Mas, mais do que um mero efeito libertador, Frey apurou que chorar permite ao corpo expulsar, através das lágrimas, substâncias químicas que o organismo produz quando submetido a situações de stress.
Logo, trata-se de um ato que nos é benéfico e que pode até ser interpretado como um mecanismo de defesa do corpo e dos próprios olhos, já que as lágrimas formam uma película que os lubrifica e protege-os contra agressões externas


Mulheres na liderança


Fomos treinados para chorar. Um bebê chora porque tem fome, sede, dores, porque quer colo ou, pura e simplesmente, para chamar a atenção daqueles que o rodeiam.
Será possível quantificar todas as vezes que um bebé chora?

 Pode pensar que não, mas uma equipe de cientistas italianos levou a cabo esta missão impossível, concluindo que um recém-nascido chora, em média, de 30 em 30 minutos, o que perfaz o total de cerca de duas horas diárias.
À medida que vamos crescendo, as sessões de choro vão-se tornando mais espaçadas (felizmente) e, até à puberdade, não existe grande diferença, no que toca à periodicidade, entre ambos os sexos.

 Porém, a partir daqui e, por volta dos 18 anos, já é possível constatar lágrimas distintas. Uma das teorias para esta disparidade pode residir nas diferenças hormonais que existem entre o homem e a mulher.

Ninguém conseguiu ainda descobrir qual é o papel do estrogénio na produção de lágrimas, mas os dados sugerem que a prolactina, uma hormonio  responsável pela secreção do leite e controla o equilíbrio dos fluidos, pode desempenhar um papel protagonista neste processo. Ora, a questão é que, precisamente aos dezoito anos, a mulher produz cerca de 60 por cento mais prolactina do que o homem.

Os dados científicos permitiram apurar que um adulto chora, em média, cinco minutos, três ou quatro vezes por mês. Surpresa das surpresas, as mulheres choram cinco vezes mais do que os homens e durante mais tempo: seis minutos “contra” quatro. E, se esta era já uma suspeita, eis a prova que faltava.


Secar as lágrimas

Tal como referimos no início, as lágrimas incomodam-nos, principalmente quando são dos outros. Jeffrey Kottler, psicólogo americano, defende que podemos (e devemos) aprender a lidar da melhor forma com esse tipo de situações e, acima de tudo, a ajudar a pessoa que chora.

”O primeiro passo é, simplesmente, ouvir a pessoa,  tocá-la ou abraçá-la – se esta se mostrar receptiva. Os homens cometem o erro de, ao ver uma mulher chorar, querer descobrir logo qual é o problema e resolvê-lo de imediato.
Têm que a deixar chorar, confortá-la e só depois perguntarem o que se passa. Em  seguida, há que encorajar a pessoa a falar, mesmo que o discurso pareça desconexo. Só depois se poderá trabalhar no sentido de se encontrarem soluções”, explica este especialista.

Curiosidades sobre as gotas mais humanas que conhecemos


Choro nutritivo



 As lágrimas que surgem quando estamos tristes ou preocupados contêm mais proteínas do que aquelas que “brotam”  quando, por exemplo, descascamos uma cebola ou estamos com qualquer tipo de irritação nos olhos. Explicação para o fato? Por enquanto, não existe nenhuma!



Soluços raros


Em cerca de 12 sessões de choro, apenas soluçamos numa delas.

Gotas com sexo
Em termos químicos, a constituição das glândulas lacrimais e das próprias lágrimas em si não é igual no sexo feminino e masculino, o que pode estar associado a diferenças hormonais e ao estado emocional que se encontra na origem do choro.

Magnésio 

 As lágrimas são detentoras de uma quantidade de magnésio 30 vezes superior àquela que se pode encontrar no fluxo sanguíneo.

Lágrimas 

 Para além de traduzirem sentimentos, as lágrimas formam uma espécie de película de três dimensões que ajuda a lubrificar os olhos e a protegê-los.

Homens que cheiraram lágrimas femininas apresentaram uma redução da atração sexual, diminuição da excitação e queda nos níveis de testosterona, segundo um  estudo divulgado.  Além disso, inalar lágrimas coletadas das mulheres fez com que as atividades de áreas do cérebro masculinos relacionadas à excitação diminuíssem suas atividades. O trabalho foi publicado pela revista especializada Science e foi liderado por Noam Sobel, do Instituto de Ciência Weizmann, de Israel.
Os pesquisadores escrevem no trabalho que já se sabia que lágrimas de camundongos serviam como sinalizadores químicos e se interessaram em saber se o mesmo era verdade para humanos.
No estudo, voluntárias assistiram sozinhas a filmes tristes e coletaram suas lágrimas com a ajuda de um espelho. Uma doação típica continha em média 1 ml de lágrima chamada emocional, para diferenciar da lágrima funcional, produzida, por exemplo, quando os olhos estão muito secos. Em seguida, voluntários cheiravam as lágrimas coletadas das mulheres ou uma solução salina, para fins de controle.
Todos os experimentos foram duplo-cegos, quando nem sujeito da pesquisa nem o pesquisador sabiam qual dos dois líquidos havia sido inalado.
A primeira pergunta feita pelos cientistas foi se as lágrimas tinham cheiro discernível. Mas os participantes não conseguiram dizer se havia diferença entre as lágrimas e a solução salina. Mesmo sendo inodoras, os experimentos seguintes mostraram que as lágrimas femininas afetavam o desejo sexual de homens. Após inalar as lágrimas alheias por meio de uma espécie de fita crepe presa entre o nariz e o lábio, homens consideraram mulheres em fotos menos atraentes sexualmente, comparando aos que inalaram a solução salina. Os cientistas observaram também uma diminuição nos níveis de testosterona medida na saliva dos voluntários que cheiraram lágrimas.
Os pesquisadores dizem ter identificado função emocionalmente relevante para as lágrimas. “Esses efeitos se materializaram sem que os homens vissem as mulheres chorando, e sem estarem cientes do que exatamente eles estavam inalando”, escrevem.
No entanto, os pesquisadores afirmam que ainda ficam várias questões em aberto, como qual o composto que atua na diminuição do desejo e se fatores como estado emocional, hormonal, gênero ou idade influenciariam o resultado.


Pesquisa:





(Selma)

4 comentários:

  1. Buaaaaaaaaaaaáááá...

    Acabei de ver meu holerite...

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  2. Que escândalo, dona Arruela.

    Brother Contravocê, vêm dar um jeito nessa sua amiga aqui,leva ela embora para uma oficina- que ela está precisando.

    (hahaha...)

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  3. Muito boa essa matéria. Sugiro uma pesquisa na área do pum, por que as pessoas sorriem, quando fazem um pum involuntário...

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  4. Hosaka, quer saber sobre pum normal, ou sobre pum alto e santo?

    A propósito, achei interessante a sua foto com a maluquetinha. Vou pedir à Selma para mostrar a todos.

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