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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

turbilhão 561- mala nihil

O que seguirá,é o tipo do tema, que eu costumo falar mais no blog do William, por ser "sério demais",mas como hoje decidi escrever vários textos mais "pauta leve" aqui, esse poderá ficar no meio deles.

Tenho sabido de algumas noticias de erros hospitalares ameaçando a vida de pacientes, e ameçando a vida de crianças internadas.
Teve o caso da enfermeira que injetou vaselina numa menina que estava desidratada, ao invés de injetar soro.
Por esses dias, uma vítima de bronquite, num outro hospital paulistano, também teve o remédio intravenoso trocado - e por sorte, a mãe do paciente, que é enfermeira, percebeu o erro, e o salvou em tempo.

Suponho que os hospitais - e mesmo os  melhores- estão com os recursos inteiramente defasados, e operando como operavam uns quarenta anos atrás. A responsabilidade pelo armazenamento, escolha e ministração de remédios está ficando demais em cima dos profissionais- e tem havido muita confusão na trasmissão de ordens de uso de determinados medicamentos, por parte de escalas hierárquicas nesses hospitais.
Ou seja, se eu fôsse uma atendente de enfermagem, pode ser que eu já teria colaborado para o problema de algum paciente, por obedecer ordens de médicos ou de enfermeiras chefe que haveriam se equivocado.
Eu certamente não seria processada, mas por culpa - teria que deixar de trabalhar na profissão.

Os hospitais deveriam contar com a ajuda de farmacêuticos e biomédicos de plantão, que fiscalizassem os procedimentos que vêm sendo tomados.
Entre outras modificações que teriam que ser feitas.

Nesse momento,eu me felicito por nunca ter pertencido a uma rotina hospitalar, e por não carregar comigo a suspeita de já ter prejudicado alguém, sem querer.
Se fôsse para fazer parte da rotina de um hospital, eu teria que já ter toda a minha saúde TAmbém em dia, e ainda eu acharia pouco.

O outro problema de alguns desses profissionais,é a sobrecarga de trabalho, e sobre isso, eu também falei no blog azul.
Polícias,médicos e enfermeiras não poderiam ter o direito profissional de trabalhar em mais de um emprego. E deveriam ter seus salários aumentados.

Mas, o caso da profissional mulher ainda é mais problemático,mesmo que ela trabalhe só em um serviço- isso devido à sua jornada dupla,e aos seus cuidados com seus filhos.
O cansaço físico extremo pode fazer de uma criatura, uma criatura realmente perigosa à segurança alheia.
Eu já havia falado um pouco nisso, no gd do Terra, quando eu questionava por ex, porque é difícil sabermos de mulheres que pilotam aviões.
Foi quando eu especulei que uma preocupação com uma criança gripada que ficou em casa, já poderia colocar o vôo em risco, e a direção de um avião não é como qualquer outra empresa, onde os prejuízos podem ser ressarcidos.
Não há como corrigir a consequência do estresse ou do cansaço a mais que sentiu alguém nesse momento...       e parece que o mesmo anda valendo para o trabalho em hospitais.

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O que vou comentar em seguida, não precisa ser respondido, nem solucionado, se o leitor não se interessar pelo tema.
É um caso difícil, para o qual haverá alguma solução,em décadas, e que atualmente, é só um conjunto de pensamentos que incomoda.

Quando umas vezes,eu cometi minhas desatenções,sofri preconceito,devido ao meu gênero feminino, pois são muitos os que supõem que nós mulheres somos mais desatentas - por parecermos volúveis e caprichosas.
Eu tenho para mim, que nós mulheres, ao contrário do que se supõe, somos mais cuidadosas em tudo o que fazemos, entretanto, eu pessoalmente, tenho meus limites empiricos, que são iguais para ambos os gêneros.E entendo que nós mulheres,podemos ser mais sensíveis ao cansaço,ao estresse, ao nervosismo, e aos problemas hormonais. Que cada uma dessas coisas, ou que isso tudo de uma vez,afeta nosso desempenho.

Entretanto, eu acho curioso, (para não dizer o quanto isso me deixa triste) entender que essas coisas que são sabidas sobre nós não nos fazem alvo de entendimento,mas sim,de hostilidade.

O trabalho excessivo, a condição para o estresse e para problemas pessoais e ocupacionais não costuma elevar nosso mérito.
Muitos acham que se estamos tendo dificuldades paralelas , "a culpa é nossa". E essas dificuldades - ao invés de nos darem fama de pessoas de caráter, nos põe em condição de despretigio.

Tipo- não somos confiáveis,pois o "mercado" não favorece à maioria de nós, já que o capitalismo é apenas para os "mais disponíveis".
Isso como se vivêssemos e trafegássemos numa espécie de mundo paralelo, e que nunca será legitimado pela sociedade civil.

Essa inclusive, foi uma das coisas que me levaram a escrever a longa Tripitaka 71, lá no blog azul, onde eu comentava a condição de despretigio da "vítima de alguma coisa" em nossa comunidade - atualmente.

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Nâo tenham jamais pressa de pensar nisso tudo.
Esses são sentimentos para serem depurados em décadas, pois os problemas que eles refletem vão ter que ser organizados nuns cinquenta esquemas diferentes, ou em cinquenta lugares diferentes,no mínimo.

Esses sentimentos, foram apenas as minhas palavras para o escuro, hoje em dia.

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Acho que as crônicas de hoje, aqui,chegaram ao fim, brigada da paciência de vocês.

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